segunda-feira, 23 de maio de 2016

A falta



Diante de uma tela em branco, me pergunto o que escrever? 
Há tanta coisa para escrever, tantos temas, tantos acontecimentos, tantos sentimentos, tanta indignação. Mas me falta algo... Falta, falta. 

Tantas pessoas têm tudo, amor, saúde, amizades, e, algumas vezes, se soma o dinheiro. Coloquei algumas vezes, porque o dinheiro não é tão importante. 
Muitos podem pensar o contrário, mas imagine, você com muito dinheiro, mas sem saúde para poder aproveitá-lo. 
Outra situação, você com muito dinheiro, mas se sente só, mas tão só, que não tem ânimo nem forças para viver. Será que o dinheiro é o mais importante? 
Claro, ele ajuda, e muito na vida. Mas este post de hoje não é sobre dinheiro. É sobre a falta. Uma sensação que é como um buraco negro, consome tudo à sua volta. Quando ela chega ou se apodera da pessoa, causa uma devastação. Você pode fazer tudo direito, o mais correto possível, mas sente que falta algo. Poderia ter sido melhor, poderia ter sido diferente... A falta consome a energia da mente e do coração, nos cega para o entorno. Ao invés de aproveitar a vida, fica uma sensação de vazio. Vazio e falta são muito semelhantes, correlatos, primos ou irmãos. O fato é, tem um buraco negro dentro de você. Por mais que você tenha feito, por mais que o outro faça para você, sempre fica faltando algo.
Mas será que esta falta é real? Será que não estamos sendo duros demais, exigentes demais, carentes demais, com o mundo à nossa volta? É claro que não estou falando aqui de faltas materiais. Estou falando do sentir. A falta de uma pessoa que morreu, é real, é uma dor que consome. Mas a falta que me refiro aqui, é uma falta que poderíamos dizer que atua na alma. 

Você se percebe assim? Você já vivenciou isto na vida? Deixe seu relato nos comentários do Blog.

Abraços a até a próxima.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Quanto vale uma vida?




Antigamente, quando eu tinha uns 10 a 11 anos, escutava as pessoas na rua, em lugares que eu andava, falando “É preciso muita coragem para tirar a vida de alguém, puxar uma arma”. Hoje, 35 anos depois, isto é a coisa mais corriqueira, comum e banal.

Mata-se por causa de um celular, por causa de traição, por causa de uma bicicleta, por uma briga no transito, porque grande parte dos filmes só mostram isto. 

Mata-se por superfaturamento nas obras. Sim, porque a partir do momento que se ganha muito em uma obra e desvia-se o dinheiro em detrimento a materiais de baixa qualidade e mão de obra desqualificada, você é conivente e co-autor do assassinato. 
No dia 21/04, aconteceu uma ressaca que levou parte da ciclovia inaugurada há 3 meses na Avenida Niemayer, no Rio de Janeiro. Disseram que haviam 5 pessoas no momento. Acharam 2 corpos e 1 está desaparecido. E as outras 2?
A sociedade fica impactada no momento. A mídia teve um orgasmo, por ter uma tragédia para mostrar e desviar a atenção de coisas que não querem que venham a tona. 
Mas a grande questão é: Quem será punido? Como reparar a perda de uma vida que foi se exercitar, correr, pedalar ou simplesmente aproveitar um feriado? 
O que acontece aqui no Brasil é que as tragédias se banalizaram. Tem-se o impacto momentâneo, depois esquecemos. A violência está tão próxima a nós que já nem a percebemos. 
Quanto vale uma vida? 
Quanto vale se indignar, lutar por seus direitos e exigir que tenhamos segurança?
Como fica a consciência das pessoas envolvidas nesta tragédia? 

Muitas perguntas e poucas respostas, e daqui a pouco tem Olimpíadas… Esqueceu-se tudo.